quinta-feira, 18 de março de 2010

Vital Battaglia comenta a relação da imprensa com a seleção brasileira ao longo da história

Participante do painel sobre cobertura jornalística, que aconteceu no final da manhã desta quinta-feira no auditório da Faculdade Estácio de Sá, o jornalista Vital Bataglia comentou a complicada relação entre a imprensa esportiva e a seleção brasileira de futebol nos últimos 40 anos.

Vital Bataglia. Foto: Túlio Melo / NUCOM FESBH
“Em 1970 houve uma ruptura entre a imprensa e a seleção brasileira, então comandada por João Saldanha. Certa vez chegaram a suspeitar que um repórter roubara um relógio do Jairzinho. A chegada do Cláudio Coutinho, um militar, que nunca havia chutado uma bola,piorou ainda mais a situação”, disse Bataglia, que foi assessor de imprensa do técnico Paulo Roberto Falcão em sua passagem no comando do time brasileiro, no início da década de 90.

De acordo com Bataglia, somente com a chegada de Telê Santana, no começo dos anos 80, pôs fim ao problema. “O Telê, grande mineiro de Itabirito, resgatou as raízes do futebol brasileiro. Isso fez com que a imprensa se reaproximasse da seleção”.

Alunos do 3º Período de Jornalimo da Estácio acompanham a palestra. Foto: Dany Starling
Bataglia aproveitou para comentar o atual comando da seleção brasileira. “Quem convidou o Dunga para ser técnico do Brasil sabia qual seria o estilo do time. Ninguém muda da noite para o dia. O Dunga de 2010 é o Parreira de 1994”.

Para o jornalista, não há mais como pensar em melhorar a relação da imprensa com a seleção até a Copa de2010, na África do Sul. Mas sim, focar na competição de 2014, que será disputada no Brasil. “É preciso unir todas as forças que trabalham em prol do futebol brasileiro. Resgatar ex-atletas, reunir médicos, fisiologistas, fisioterapeutas, pessoas envolvidas com marketing para, junto com a imprensa, darmos unidade ao futebol brasileiro”, encerrou.

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