quinta-feira, 18 de março de 2010

O triste fim do futebol nordestino

A Lei Pelé predominou no debate entre os presidentes Alexandre Kalill, do Atlético, Marcus Salum, do América, e Zezé Perrella, do Cruzeiro. O debate, que ocorreu durante o 36º Congresso Brasileiro de Cronistas Esportivos, contou com a presença de cronistas de diversos estados do Brasil, com um grande número de participantes do Norte e Nordeste do país.

O debate foi mediado por Leopoldo Siqueira, da TV Alterosa, e, no calor das discussões, Kalill levantou um ponto crucial: o fim dos times do Nordeste do Brasil. Segundo o presidente do Atlético, é incongruente ver times com imensas torcidas, como o Náutico, à beira do precipício.

Perrella foi mais incisivo: acusou empresas de marketing esportivo, como a Traffic, que foi citada pelo dirigente, de acabar com vários times, induzindo jogadores de categorias de base a romperem com os clubes que investiram neles, a fim de lucrarem com suas vendas. Ele também apontou como motivo da decadência do futebol nordestino o investimento que é feito nos times de São Paulo, mesmo os do interior, que superam muitas das grandes equipes no Nordeste, como o Sport Recife, promovendo com isso uma competitição desleal.

Como saída para a crise do Nordeste falou-se da Copa Nordeste, cuja volta, segundo Kalill, deve trazer visibilidade e dinheiro aos times daquela região. E para melhorar o futebol brasileiro, de um modo generalizado, a discussão girou em torno de uma reforma na Lei Pelé, o que possibilitaria aos clubes terem maior autonomia no contrato dos atletas, não ficando à mercê de empresários e empresas mal-intencionadas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário