quinta-feira, 18 de março de 2010

Dirigentes de clubes mineiros debatem relação com a imprensa

“Crítica é ruim pra caramba, o bom é ser elogiado!”

A frase do presidente do Cruzeiro, Zezé Perrella, arrancou gargalhadas do público que compareceu ao último painel desta quinta-feira no Congresso Brasileiro de Cronistas Esportivos, realizado no auditório da Faculdade Estácio de Sá.

Marcus Salum, Alexandre Kalil, Leopoldo Siqueira e Zezé Perrela. Foto: Dany Starling
O painel, mediado pelo jornalista da TV Alterosa, Leopoldo Teixeira, e que contou também com a presença de Alexandre Kalil, presidente do Atlético, e Marcus Salum, do América, girou em torno da relação entre a imprensa e os clubes de futebol. Mas foram as críticas de parte a parte que tomaram conta do debate.

Após o gracejo, Perrella ressaltou a importância de críticas construtivas. Mas Kalil, exaltado, foi além. Para o presidente atleticano, “se dirigente não gosta, jornalista enlouquece quando é criticado”. O dirigente afirmou, inclusive, que possui inimigos no meio jornalístico somente por responder a repórteres no mesmo tom em que foi indagado. “A imprensa acha que os clubes são a casa de todo mundo. Até pode ser, desde que com um pouco de ordem”, afirmou.

Se o final do debate foi acalorado, a discussão começou morna. Para Kalil, se o futebol evoluiu muito em valores e estrutura, a relação clube/imprensa cresceu pouco. Para o dirigente do Atlético, essa relação “precisa ser menos personalista, menos pessoal”, principalmente em Belo Horizonte, onde é muito mais polarizada que em outros centros.

Foto: Dany Starling
Zezé Perrella divergiu de seu rival. Segundo o presidente do Cruzeiro, “se houve uma grande valorização do futebol nos últimos anos, muito foi por conta da imprensa, que é fundamental na divulgação dos times. Perrella, entretanto, afirmou que muitas vezes é preciso sonegar informações para preservar negócios do clube, o que muitas vezes irrita os jornalistas.

Para o desgosto dos congressistas presentes no evento, o debate durou pouco mais de uma hora, menos que o esperado. No encerramento, enquanto o presidente da AMCE, Carlos Cruz, entregava a medalha dos 70 anos da entidade para os convidados, os mascotes de Cruzeiro e América entraram no auditório, disputando a atenção da platéia, ávida em busca de fotografias.

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